O relatório “Impacto de atropelamentos de Anta brasileira (Tapirus terrestris), entre 2013 e 2019, em rodovias estaduais e federais do Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil”, elaborado pela Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira e Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), apresenta uma análise detalhada das mortes de antas em rodovias no estado de Mato Grosso do Sul. O estudo busca compreender o impacto desses incidentes sobre a população da espécie e propor medidas eficazes para reduzir os atropelamentos.
Com base em dados coletados entre 2013 e 2019, a pesquisa identificou os trechos rodoviários mais perigosos para a fauna, avaliando fatores como o tipo de rodovia (estadual ou federal), a localização dos incidentes e a frequência dos atropelamentos. Os resultados mostram que as colisões com antas são mais comuns em áreas com alta densidade populacional da espécie e intenso tráfego de veículos — especialmente em regiões do Cerrado e Pantanal, onde as antas ainda encontram habitat disponível.
Além de mapear os pontos críticos, o relatório propõe soluções práticas, como a instalação de passagens de fauna, controle de velocidade em trechos sensíveis e campanhas de conscientização para motoristas. O objetivo é reduzir os impactos das rodovias sobre essa espécie ameaçada de extinção e, ao mesmo tempo, promover estradas mais seguras para pessoas e animais.
A iniciativa reforça a importância de políticas públicas baseadas em evidências científicas e destaca o papel do Mato Grosso do Sul como uma área prioritária para a conservação da anta brasileira.